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Uma união de sucesso entre arquitetura e design de interiores

Receber um telefonema da top model Isabeli Fontana não é nada comum, ainda mais quando o assunto é a reforma da sua casa. Foi pouco antes de receber a reportagem da CM que o designer de interiores Gilberto Cioni e o arquiteto Olegário de Sá a atenderam. A bela está no rol de clientes da dupla, que inclui ainda lojas de marcas transadas, como a Diesel, e empresas do porte da Gol.

 

Paulistano do bairro do Planalto Paulista, Gilberto Cioni é o caçula de uma família com mais três irmãos – um administrador, um arquiteto e um engenheiro agrônomo. Filho de um funcionário público e de uma dona de casa, ele tomou gosto pelo design de interiores ainda na infância, quando seus pais contrataram um decorador para repaginar a casa.

 

Cioni sempre conviveu de perto com a arte. Enquanto sua mãe adorava pintar telas, uma tia é artista plástica e a outra leva muito jeito para decoração, apesar de ser autodidata. Também pudera: entre os seus antepassados está o artista italiano Andrea Del Verrocchio, que foi professor de ninguém menos que Leonardo da Vinci. “É a primeira pessoa que aparece na minha árvore genealógica”, conta, orgulhoso.

 

Apesar disso, ele decidiu estudar administração de empresas e fazer pósgraduação em marketing. Chegou até a trabalhar como analista de O&M, organizando normas e procedimentos de empresas, quando decidiu virar o jogo. “Primeiro, fiz um curso de design de interiores no Instituto Lorenzo de’ Medici, em 1987. Depois, quando já trabalhava com o Olegário, estudei arquitetura de interiores e mobiliário no Palazzo Spinelli, também na Itália”, explica.

 

Olegario de Sa_Marina Guarujá 1_ (8)-1A dupla se conheceu em uma academia, na Vila Mariana, em 1990. Naquela época, Olegário de Sá tinha acabado de se mudar para a cidade grande. Natural de Taubaté, no interior de São Paulo, seu pai é advogado e a mãe, administradora. Na infância, junto a suas duas irmãs, que hoje têm escolas de inglês, gostava de desenhar casas e prédios e, na adolescência, teve uma importante oportunidade: estudar dois anos do ensino médio nos Estados Unidos.

 

De volta ao Brasil, era hora de escolher a profissão. Apesar da forte inclinação para arquitetura, seu pai sonhava em tê-lo como braço direito em seu escritório, por isso, Olegário estudou direito. “Para fazer o que gostava, o jeito foi cursar as duas faculdades ao mesmo tempo, na Universidade de Taubaté. Quando terminei, entreguei a ele o meu diploma de direito e fui ser arquiteto”, comenta entre risos. Ao conhecer Cioni, viu uma boa oportunidade de parceria. Hoje, trabalham juntos, mas mantêm escritórios separados, ambos na Vila Nova Conceição. “Ele era muito bem relacionado e trazia vários clientes. O primeiro projeto bacana que fizemos foi a reforma de uma casa nos Jardins, que pertencia ao cônsul do Brasil na Guatemala. Com esse trabalho, emplacamos uma capa de revista em 1992”, comemora Olegário.

 

Em 1997, participaram pela primeira vez da Casa Cor São Paulo, assinando o Banheiro Público Masculino. “A mostra era menor e mais difícil de entrar. Havia uma equipe de curadoria bastante seletiva, por isso consideramos nossa madrinha a Ruth Pietro, que nos apresentou a Lena Strumpf, uma das curadoras”, diz Cioni. Com o nome consolidado, foi a vez de encararem várias edições da Mostra Artefacto e, em 2013, a Mostra Black.

 

CRL_4279_edited-3Assinaram também uma série de lojas na badalada Rua Oscar Freire, como Diesel, Miss Sixty, Energie e Vide Bula. Recentemente, foi a vez da Fred Perry, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Outros projetos de destaque são o escritório do UFC (das lutas de MMA) em São Paulo, além da sala VIP da Gol no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). Isso sem falar de projetos residenciais em Miami (Estados Unidos) e no Líbano, além do condomínio Three Towers, em Luanda (Angola).

 

Onde buscam o merecido descanso entre um projeto e outro? Olegário gosta de malhar, correr e, é claro, viajar. Recentemente esteve na Alemanha a passeio. Já Cioni, que foi para a China e Emirados Árabes, adora chegar em casa e encontrar Rafaela, sua terrier escocesa. “Gostar de cachorro é uma coisa familiar, desde a época do meu pai. Só vendo para entender”, diverte-se.

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