Tradição Revisitada
Por Aline Tavares
Rituais artísticos
O contato de Catarina Gushiken com as artes começou cedo, quando criança, por influência de seus avós. Seu avô era fotógrafo e sua avó fora criada na colônia de Manabu Mabe, artista japonês pioneiro do abstracionismo no Brasil. Como nunca foi exigido que a família seguisse a tradição japonesa, Catarina desenvolveu a própria maneira de se conectar com os seus ancestrais, através da arte. Aos três anos de idade, a paulistana já desenhava nas paredes da casa dos avós e, após o falecimento deles, continuou a explorar o mundo artístico. Cursou colegial técnico em desenho de comunicação e, além das matérias convencionais, estudou pintura, fotografia e escultura.
Apesar de ser formada em design de moda, atuou na profissão por apenas oito anos e, em 2007, inaugurou o seu ateliê para exercer o trabalho que sempre sonhou, e fez uma pós-graduação em direção de arte no Centro Universitário Belas Artes. Ela se inspira através de suas memórias de infância, fotografias e sua própria imaginação. “Estes três trabalhos mostram a referência da estamparia e da mitologia japonesa através de símbolos e arquétipos como carpas, samurais e as figuras de beleza chamadas de Bijingas, que misturo com histórias criadas pela minha imaginação”, afirma a artista, que mantém seu estúdio na Aclimação. catarinagushiken.com.br