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Por Aline Tavares

Mooca

Aos 460 anos, um dos mais tradicionais e antigos bairros de São Paulo ocupa hoje lugar de destaque na cidade.

Com características muito próprias que o distingue dos demais bairros de São Paulo, o  bairro da Mooca, que este ano completa 460 anos, é motivo de orgulho de grande parte de seus moradores – dizem que alguns até usam camisetas ou adesivos no carro, manifestando sua paixão pelo lugar.O nome do local é uma palavra indígena que faz referência às chamadas ocas, moradias construídas pelos índios, que povoavam a área em grande número. Demarcada pelas avenidas do Estado, Alcântara Machado (Radial Leste) e Salim Farah Maluf, a região, antes repleta de chácaras, foi aos poucos sendo tomada por fábricas. Desenvolveu um papel importante na economia paulistana – principalmente no setor têxtil – até meados do século XX. Com o tempo, as indústrias deixaram de fazer parte do cenário local. Da Companhia União dos Refinadores, por exemplo, restou apenas uma chaminé, incorporada ao condomínio residencial Luzes da Mooca. Esse empreendimento foi construído pela Cyrela, uma das primeiras construtoras a apostar na região. Ao lado de casas e sobrados antigos, o comércio local também é abundante, sobretudo nas ruas do Oratório, da Mooca e na movimentada avenida Paes de Barros, rota para o Clube Atlético Juventus.Com novos e diferenciados empreendimentos imobiliários, o bairro vem sendo cada vez mais valorizado – a valorização foi de quase 50% em 10 anos. Em três anos, a zona Leste recebeu 21,3 mil apartamentos, de acordo com painel de mercado da Lopes. O metro quadrado da Mooca está em torno de 8 mil reais, um dos mais caros da região. E quando o assunto é diversão, o bairro conta, por exemplo, com um roteiro gastronômico que inclui cerca de 100 pizzarias e algumas dezenas de cantinas italianas, muitas das quais posicionadas entre as melhores da capital.

Imagem Divulgação