Projeto une a área social de apartamento de 82 m² para estimular o contato familiar
Área Social e contato familiar
A integração de ambientes é a ferramenta mais eficiente e amplamente utilizada
Com os apartamentos cada vez mais enxutos nas grandes cidades como São Paulo, tornou-se indispensável lançar mão de recursos que aumentem a sensação de amplitude nesses imóveis. A integração de ambientes é a ferramenta mais eficiente e amplamente utilizada nessas horas, e a eliminação de paredes traz não apenas espaços maiores, como pode significar mais proximidade e convivência para uma família com rotina agitada. Esse é um dos objetos de um casal de empresários, com um filho de 12 anos, que inspirou a arquiteta Marcy Ricciardi nesse projeto. Ao pedir a unificação dos ambientes do novo lar na Vila Formosa, eles queriam poder ter o máximo de contato mesmo com a correria do dia a dia.
A profissional deveria deixar o imóvel de 82 m² visualmente amplo, prático, aconchegante e sofisticado, com um toque descontraído e jovial. “Eles não queriam nada clássico. Minha prioridade foi traduzir a personalidade e o estilo de vida da família”, conta. O apartamento, entregue pela construtora sem qualquer revestimento ou bancadas a pedido dos proprietários, ganhou novo layout para atender às necessidades dos futuros moradores. A planta inicial com uma suíte, dois quartos e um banheiro foi reformulada para ter mais uma suíte e ampliar a sala. “Outra mudança considerável foi o nivelamento do living com o terraço, sugerindo um espaço único”, relata Marcy.
Após as intervenções estruturais, o primeiro passo foi harmonizar toda a área social – living, terraço, cozinha, lavabo, cozinha e área de serviço – instalando o mesmo piso em um tom claro que contribui para a sensação de amplitude, reforçada com vidros e espelhos. Toda a base foi feita em cores sutis e complementada principalmente com elementos de acabamentos amadeirados, como os painéis de TV e na sala de estar, que trazem aquecimento e aconchego. As pitadas de ousadia aparecem em acessórios inusitados, como o jardim vertical no terraço que ornamenta os ambientes em volta e atrai a atenção dos olhares. Para o mobiliário, foi adotada uma linguagem contemporânea, predominando as linhas retas e simples.
O projeto luminotécnico foi a etapa final, mas não menos importante, pensado para realçar as soluções e sensações criadas em cada cômodo. A iluminação, hora indireta e hora focada, foi automatizada para permitir que os moradores criem cenas, proporcionando a luz adequada para diferentes situações e espaços não cansativos. “A união de todos os elementos atribuiu aos ambientes um aspecto confortável e acolhedor”, explica a arquiteta.
Por Marina Sola
Fotos Alessandro Guimarães
Matéria Publicada em Revista Decorar 103.
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