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Alex Rocca na SP-Arte 2022

exposição | Alex Rocca | SP-Arte

 

O artista e designer têxtil Alex Rocca lança a COLEÇÃO PELE, em sua segunda exposição na SP-ARTE, evento que acontece de 06 a 10 de abril, no Pavilhão da Bienal, Parque do Ibirapuera em São Paulo.

 

De caráter intimista, a imersão artística nasce da incansável busca pela própria identidade, seu espaço, seu corpo e etnia. Em um processo intuitivo, Alex Rocca expressa sua própria individualidade para revelar a fragilidade da pele, sensível órgão que pode ser ferido.

 

 

Neste exercício de ampliação de consciência, o artista manifesta sua matéria prima psíquica e emocional. Em suas experimentações, preenche vazios para conectar partes soltas, entrelaça fios, sobrepõe e costura pedaços. De forma curativa, trata as fissuras e reconstrói a estética, por meio de suturas expostas. Na riqueza cromática da derme, traz o calor tátil e sensual.

 

Reafirmando sua permanência e pertencimento, Alex Rocca propõe um ensaio tridimensional para provocar os sentidos e ressignificar sentimentos. De forma desnuda e visceral, a coletânea revela a vulnerabilidade da vida e a força do frágil.

 

A potência da vida e a constante busca pela liberdade artística são o combustível para o artista e designer têxtil Alex Rocca. Com forte inspiração em cinematografia, arquitetura modernista e paisagismo, desenvolve sua arte de forma solitária, contemplativa e meditativa.

 

Em meio a uma rica poética com abundantes significados, o designer cria artesanalmente tapeçarias únicas feitas com matérias primas naturais, fios e fibras como a lã e o sisal. Todo o processo criativo, desde a inspiração, desenho e evolução conceitual, é resultado de sua experiência de vida e formação em cinema, cenografia e design de interiores.

 

 

Sensoriais e tridimensionais, suas peças instigam o olhar pelo equilíbrio estético das formas e padrões e estimulam o toque através dos diferentes volumes e texturas.

 

Alex propõe o puro design autoral ao explorar livremente as cores, o jogo de luzes e sombras, espaços vazios e cheios, elementos orgânicos e linhas geométricas. Com atenção aos processos e técnicas, incorpora a biomimética para valorizar as formas ancestrais, fluidas e sustentáveis da natureza. Além disso, aplica conceitos de morfologia urbana, atribuindo vida e movimento aos seus desenhos.

 

 

Através de seus insights criativos, resultado da observação para com o mundo e com si mesmo, permite-se realizar obras contemporâneas, exploratórias, vibrantes, intuitivas e provocativas. Muito mais do que arte decorativa, suas tapeçarias transbordam camadas de memórias afetivas, espelhos da própria alma, em um eterno transmutar.

 

fotos | Brenda Pontes

 

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