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A arquitetura social de Alejandro Aravena vence o Pritzker 2016

Construções monumentais, linhas esculturais, estilo pós-moderno, queixos caídos? Não, nada disso. Neste ano, o prêmio mais importante da arquitetura mundial, o Pritzker, decidiu eleger um nome que ficou famoso por suas obras de baixo custo que buscam a inclusão social. O chileno Alejandro Aravena, de 48 anos, é o quarto latino-americano a levar o galardão para casa. Criado em 1979, já elegeu dois brasileiros: Oscar Niemeyer, em 1988, e Paulo Mendes da Rocha, em 2006. O mexicano Luis Barragán venceu em 1980.

 

“Nada se conquista sozinho. Arquitetura é uma disciplina coletiva, então, penso neste momento, com gratidão, em todas as pessoas que contribuíram de certa forma. Olhando para o passado, me sinto imensamente grato. Quando olho para o futuro, vejo que antecipamos a liberdade!”, afirma o vencedor. Libertar as pessoas por meio da arquitetura é um de seus objetivos, uma vez que considera a moradia um dos elementos primordiais para a dignidade do cidadão.

 

“O papel do arquiteto também é servir a necessidades sociais e humanitárias, e Alejandro Aravena tem respondido a esse desafio de modo claro, generoso e pleno. Ele sintetiza o renascimento do arquiteto socialmente mais engajado, pois tem um profundo conhecimento tanto da arquitetura quanto da sociedade civil”, declarou o júri no momento da divulgação do nome do vencedor. Com grande produção de obras privadas, públicas e educacionais mundo afora, o escritório de Alejandro, o Elemental, já construiu mais de 2.500 casas populares.

 

O arquiteto e sua equipe participam de todas as etapas desse complexo processo que é proporcionar moradia aos necessitados. Uma prática que chama a atenção é o engajamento junto a políticos, construtoras, pesquisadores, autoridades locais e advogados para chegar aos melhores resultados possíveis, principalmente para os futuros moradores e para a sociedade como um todo. “Aravena entende de materiais e de construção, além da importância da poesia e do poder da arquitetura de se comunicar em diversos níveis”, declarou o júri.

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Imagens:  Cristobal Palma, Diego Torres Torriti, Ramiro Ramirez e divulgação

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