Por Marina Samaritano
Nova perspectiva
Estúdio Módulo vence prêmio de mobiliário urbano que incentiva olhares distintos sobre a cidade de São Paulo.
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Os bancos são feitos a partir de um único bloco de concreto combinado com madeira, podendo variar de tamanho. As papeleiras, individuais ou duplas (50 l cada), são em aço galvanizado e podem ser fixadas no chão ou no mobiliário. Os paraciclos têm perfis modulares de aço galvanizado com pintura eletrostática. Os bebedouros, com duas bases, podem ter uma terceira para cães.[/caption]
O Concurso Público Nacional de Ideias para Elementos de Mobiliário Urbano de São Paulo, organizado pela
SP Urbanismo, premiou o projeto desenvolvido pelo
Estúdio Módulo, um coletivo dirigido por Guilherme Bravin e Marcus Vinicius Damon. O objetivo era selecionar as melhores propostas apresentadas para nove categorias: quiosques, sanitários públicos, abrigos em ponto de parada de táxi, bancos, papeleiras, bebedouros, paraciclos, balizadores e guarda-corpos.
Os profissionais do Estúdio Módulo partiram da idéia de recuperação daquilo já foi feito em termos de identidade visual de São Paulo, adaptando pontos ao novo projeto. De acordo com a avaliação dos arquitetos premiados, a identidade visual melhor sucedida teria sido aquela desenvolvida nos anos de 1970 para a Avenida Paulista; assim, o projeto vencedor parte da geometria monolítica dos totens escuros da via, adaptando suas formas às diferentes famílias de objetos solicitadas pelo concurso.
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O sanitário público é composto por um único bloco dividido em três segmentos. O primeiro é o local onde se faz o pagamento pelo serviço; o segundo é o sanitário em si, com pia, vaso sanitário e trocador dobrável. O terceiro é composto por um sistema de infraestrutura, com encanamento e armazenamento de água.[/caption]
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O ponto de parada de táxi desenvolvido pelo Estúdio Módulo tem um banco para duas pessoas e espaço para cadeirante, tudo coberto. A estrutura é em steel frame com fechamento em alumínio e revestimento interno com placas de madeira OSB recicladas. Em sua estrutura estão embutidos nichos capazes de conter medidores de energia, papeleira dupla e armários.[/caption]
A idéia principal por trás dessa escolha é apresentar uma linguagem capaz de unificar o mobiliário projetado e relacioná-lo àqueles pré-existentes, reforçando a identidade paulistana no espaço público. Os objetos criados são adaptáveis, democráticos e acessíveis, podendo ser instalados por toda a cidade, além de possuírem modulações que permitem diversas possibilidades de uso, fazendo com que possam ser empregados em diversas situações urbanas.
Com 221 participantes inscritos com 69 trabalhos, o concurso organizado pela SP Urbanismo premiou os três melhores projetos inscritos e entregou 12 menções honrosas.
Veja os demais contemplados
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Os bancos individuais ou coletivos podem ser produzidos para diferentes modalidades, sempre seguindo a mesma linguagem. Na imagem, são utilizados de modo confortável na ocupação de espaços menos usuais da cidade, como uma arquibancada. O guarda-corpo organiza o fluxo, preserva o patrimônio público e garante a segurança de pedestres e ciclistas. É em chapa de aço galvanizado com pintura eletrostática, dobrada em forma retangular com elementos verticais do mesmo material.[/caption]
Imagens Divulgação]]>