Por Marcela Millan
Pit stop
Petersen Automotive Museum reabre com fachada de aço e alumínio
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A nova fachada do Petersen Automotive Museum foi pensada para evocar as formas de uma pista de corrida, efeito propiciado por suas curvas.[/caption]
Quem estava acostumado a andar pela esquina da Avenida Fairfax e Wilshire Boulevard, na extremidade do famoso “Miracle Mile”, de Los Angeles, levou um susto quando a fachada predominantemente cinza de uma de suas grandes e tradicionais construções foi trocada por algo muito mais fluido e vibrante. É que o
Petersen Automotive Museum passou por uma grande renovação em sua fachada, fechando as portas para visitantes durante mais de um ano de reforma. Antes de concreto, agora é a força do aço e alumínio que roubam a atenção, fazendo impossível passar por aquela esquina sem se deter, por ao menos um minuto, para admirar a gigantesca estrutura.
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As curvas fazem parte da nova linguagem do projeto, que evoca velocidade e movimento. A fachada é composta por aço e alumínio, sustentada por uma estrutura de metal pintada de vermelho, cujas “fitas” sobem até a cobertura, a modo de cobertura dinâmica e inusual.[/caption]
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A iluminação em LED destaca os elementos da fachada, que é por si só uma obra de arte. Note a dimensão das estruturas, sustentadas por pilares metálicos que receberam 140 mil parafusos de aço, no total.[/caption]
Desde 1994 que o Petersen – um dos maiores museus de automóveis do mundo gerido por uma organização sem fins lucrativos (a Petersen Automotive Museum Foundation), segundo divulgação – encontra-se na Cidade dos Anjos, alojado no que antes era uma loja de departamentos, projetada por
Welton Becket . O edifício foi escolhido por sua ausência de janelas, o que fazia com que os carros pudessem ser exibidos sem exposição à luz solar. Para renová-lo e torná-lo mais dinâmico, porém, cerca de US$ 90 milhões (cerca de R$ 280 milhões) foram investidos, em um projeto que saiu da cabeça de Eugene Kohn e Trent Tesch, do
Kohn Pedersen Fox . A ideia era criar um visual que remetesse às pistas de corrida, com formas orgânicas e curvas que conversam com a temática do museu. Além da fachada, o projeto acrescentou cerca de 15 mil m² de área expositiva.
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A ausência de janelas e o teto sem fechamento, porém, todo pintado de preto, conduz a atenção ao que importa: a coleção do museu. Na imagem, a exposição Metais Preciosos, um dos destaques da instituição, que inclui uma Ferrari 375 MM de 1954.[/caption]
Com uma proposta de imersão no mundo automotivo que agora se estende para o visual do museu, o Petersen foi quase transformado em um carro, com design que cria um novo corpo ao redor do “chassi” pré-existente. Foram cerca de 300 elementos curvos de aço para compor a nova fachada. A estrutura de suporte da fachada, por sua vez, é constituída por 25 pilares metálicos de perfil tubular , encontrados na periferia do edifício. Foram necessários 140 mil parafusos de aço inoxidável nas ligações estruturais – eles foram fabricados para imitar a aparência de fixadores de automóveis do início do século XX.
Orgânica, a fachada com fitas de aço também foi pensada para evocar a sensação de velocidade e movimento, e têm acabamento escovado para evitar excesso de brilho. O alumínio pintado de vermelho flui ao redor do edifício . “À noite, as formas são iluminadas com LEDs, para acentuar seu caráter escultural”, explicam os arquitetos.
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Na planta, destaque para as duas soluções arquitetônicas que compõe a fachada: em azul, os perfis curvos de aço; em vermelho, as estruturas tubulares de alumínio, que ficam em segundo plano.[/caption]
Imagens Divulgação
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